É sabido que muitas pessoas tem receio
da matemática e algumas vezes até medo. Acredito que tal fato deva-se em grande
parte ao método muito abstrato de ensino da matemática, que distancia os alunos
do cotidiano, dificultando relações simples do conteúdo com a prática. Técnicas pedagógicas
atraentes e diversificadas podem contribuir para que o processo de ensino
aprendizagem seja mais eficaz.
Utilizar materiais concretos e recursos diversos, sempre
contextualizados a realidade do aluno, proporcionando assim um aprendizado
prazeroso e produtivo. Desmistificando a matemática como algo distante e difícil, tornando as aulas mais
claras ao entendimento do aluno, motivando-o assim a utilizar o raciocínio como
forma de aprendizagem, já que na maioria das vezes os alunos estão acomodados e
desacostumados ao ato de pensar.
A partir de aulas diversificadas,
jogos, cartazes, revistas, jornais, música , jogos pedagógicos que auxiliam na construção do conhecimento e situações da realidade dos alunos, criou-se o
interesse em aprender. Alguns
alunos antes desmotivados e com medo da matemática tornaram-se participativos e
interessados, do momento que perceberam que eram
capazes de aprender matemática sem traumas.
A Educação de Jovens a Adultos, é uma modalidade
inclusiva que oportuniza o acesso à escola a muitos que outrora abandonaram os
estudos e hoje tem na escola uma motivação, uma perspectiva de um futuro
melhor, ou apenas de conclusão de seus estudos, proporcionando conhecimento e
ampliando a auto estima dos alunos, num convívio com pessoas mais jovens e na
vivência escolar.
No
entanto, alguns alunos que cursam o Ensino de Jovens e Adultos, o fazem apenas
por implicações legais, devido a obrigatoriedade de estar na escola. Tais
alunos normalmente são desinteressados, e difíceis de contentar. Nenhuma
atividade diferenciada, por mais criativa que seja consegue os agradar de fato.
O ato de ler é tido como castigo e o raciocínio sempre é rejeitado.
A
realidade dos alunos também é um fator determinante no andamento das aulas. Os
conflitos são constantes, e o relacionamento com os colegas muitas vezes é
atritante. Oferecer boas aulas, nem sempre é fator determinante para o
aprendizado. Acredito que a desmotivação que percebi na docência de alguns
professores deva-se a realidade apresentada.
Outro questionamento freqüente dos
alunos, era “Onde vou usar isto” , a cada conteúdo e conceito, quando iniciei
metro e perímetro e depois metro quadrado e área, ficou fácil de
contextualizar, pois, muitos alunos já haviam trabalhado de auxiliar de
pedreiro e as alunas com costura, etc. A aula da Dança do Quadrado agradou
muito aos alunos, que a acharam divertida. Ao construirmos a fita métrica, para medição do perímetro da
sala de aula, classe e corredores, o metro quadrado de tecido para medição da
área da sala e corredor da escola, a turma se espantou pela praticidade da
atividade, uma aluna chegou a dizer: “Nossa
nunca imaginei que isso fizesse parte da aula de matemática sora”.
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